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IMPACTO FEMOROACETABULAR (IFA)

O que é

Impacto femoroacetabular (IFA) é uma condição que ocorre quando existe um contato anormal e desgaste entre a cabeça e o encaixe da articulação do quadril. Isso resulta em limitação da mobilidade e dor no quadril.   

 

Causas e tipos

A articulação do quadril é composta pela cabeça do fêmur, que articula no encaixe da articulação do quadril (chamada de acetábulo). O impacto femoroacetabular é uma condição na qual a cabeça femoral, o acetábulo, ou ambos não se encaixam bem devido a uma alteração na forma da cabeça do fêmur ou do acetábulo.

 

Quando a deformidade é resultado do excesso de osso na cabeça femoral ela é chamada: tipo CAME. Quando ocorre no encaixe do quadril (acetábulo) é chamada: tipo PINCER ou pinçamento. Frequentemente existe uma associação dos dois tipos de mecanismos de lesão.

 

​Incidência

A incidência de impacto femoroacetabular na população geral não é completamente conhecida, pois resulta de uma associação entre a forma do quadril alterada, movimentos repetitivos que causem a lesão e fatores genéticos que favoreçam o desgaste da articulação. É, então, uma condição multifatorial. 

 

Existe uma estimativa de que 0,6% da população tenha dor na articulação no quadril, e desses, 20% correspondam ao diagnóstico de IFA.

 

A presença de alterações da forma do quadril em exames de imagem de pacientes assintomáticos varia de 7 a 23%, portanto existe a necessidade de exame clínico por um especialista pois um paciente pode ter a forma alterada e não necessariamente ter dor.

 

Sintomas

Os pacientes geralmente se queixam de dor na virilha após ficar muito tempo sentados, dirigindo, entrar ou sair do carro, praticar esportes ou atividades que levem a uma flexão do quadril exagerada. A dor é localizada na região da frente do quadril, muitas vezes não sendo palpável e localizada pelos pacientes como “interna”. Porém pode também ser irradiada para região lateral ou posterior do quadril, no glúteo.  Muitos pacientes se queixam da “falta de alongamento”, quando, na verdade, possuem um bloqueio mecânico da articulação pela deformidade óssea. 

 

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por exame clínico no qual manobras provocativas reproduzem a dor referida pelo paciente e confirmada por exames de imagem. Radiografia e tomografia servem para avaliar a forma alterada do quadril e a ressonância magnética para avaliar lesões de partes moles, especialmente a cartilagem e lábio acetabular. 

 

Tratamentos

A principal medida inicial contra a dor é evitar movimentos que provoquem dor - geralmente os de rotação e flexão do quadril, levando o joelho em direção ao peito. Outras medidas importantes para o alívio da dor são o repouso, modificações nas atividades do dia a dia, uso de medicações analgésicas ou anti-inflamatórias. A fisioterapia pode ter papel importante na melhora da dor. 

 

Na falha do tratamento clínico, ou em casos onde a deformidade óssea é importante, o tratamento cirúrgico é indicado. A cirurgia pode ser feita por vídeo (artroscopia) - pequenos furos são feitos e instrumentos são inseridos. Isso permite uma recuperação rápida e pouco dolorosa. Nesse procedimento o excesso de osso é removido e a lesão de cartilagem e/ou labial é reparada.

 

Fatores de risco

Os principais fatores de risco são as deformidades ósseas, com limitação da mobilidade do quadril, e atividades esportivas com flexão e/ou rotação repetitiva do quadril, como, por exemplo, futebol, ballet, surf, golfe, artes marciais, corrida, natação e ioga.

 

Convivendo com o problema

Existe uma grande correlação da deformidade da cabeça femoral (CAME) com o desgaste da cartilagem do quadril (artrose) em longo prazo. Estudos demonstram que o tratamento precoce é correlacionado com o sucesso do tratamento- ou seja, o paciente deve procurar o ortopedista assim que a dor iniciar.

 

Prevenção

Existem estudos que correlacionam a predisposição genética com realização de alta intensidade de esportes na adolescência com desenvolvimento de deformidade na cabeça femoral. Não se sabe ainda precisamente a intensidade e nem quais indivíduos estão mais propensos a desenvolver a doença.

 

Uma avaliação ortopédica e o conhecimento do tipo de deformidade permitem modificações nas atividades do dia a dia e esportivas que podem ajudar a proteger o quadril.

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