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FRATURAS DA PELVE

As fraturas e disjunções da pelve ou anel pélvico envolvem os ossos da bacia e o sacro desde a região posterior, chamada de sacro-ilíaca, até a região anterior, chamada de sínfise púbica.

 

Em idosos podem resultar de traumas leves, como uma queda em domicílio, mas são mais comumente vistas em jovens devido a acidentes de alta energia, como acidentes automobilísticos ou quedas de altura. As lesões resultantes podem variar desde simples avulsões ósseas até disjunções pélvicas que podem levar a uma hemorragia maciça e um desfecho fatal em poucos minutos.

 

Devido à natureza de alta energia, estas lesões são freqüentemente associadas com lesões de outros órgãos e são consideradas verdadeiras emergências médicas. Antes do surgimento dos serviços de resgate pré-hospitalares muitas dessas vítimas sucumbiam às lesões no próprio local do acidente.

 

Isto mudou após o surgimento do protocolo de treinamento conhecido por A.T.L.S. (Advanced Trauma Life Support – suporte avançado de vida no trauma) usado no mundo todo por sistemas de resgate, assim como o nosso S.I.A.T.E.

 

Este protocolo foi idealizado por um ortopedista norte-americano nos anos 80, após sofrer um grave acidente que vitimou sua esposa. Na época não existia uma abordagem sistematizada ao trauma emergencial.

 

Este médico, após passar por esta tragédia pessoal, idealizou e iniciou o desenvolvimento de um dos protocolos de treinamento e atendimento mais bem sucedidos na medicina, salvando milhares de vidas até hoje.

Diagnóstico e Tratamento

 

O tratamento se divide em dois tempos: na emergência, o objetivo é salvar a vida da vítima. O diagnóstico segue o protocolo do ATLS, são feitas radiografias e pode ser necessário um fixador externo temporário.

Após a estabilização do paciente são realizados estudos complementares. O tratamento definitivo das lesões é planejado. Pode ser necessário desde simples repouso até a fixação com placas e parafusos. Tudo depende do tipo de fratura e das condições clínicas.

 

Existe uma grande variedade de padrões de fraturas e técnicas cirúrgicas que devem ser indicadas de maneira individualizada. O prognóstico está estreitamente relacionado com a gravidade da lesão e naquelas mais graves pode haver sequelas como dor crônica, lesões neurológicas, artrose precoce, entre outras.

 

Fraturas de menor gravidade e de baixa energia normalmente não causam maiores problemas, possibilitando a retomada das atividades prévias ao acidente.

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